Era olhar pra saber que vinha chumbo. E do grosso.
_Mas, benzinho… – implorou ele.
_Benzinho, uma ova! E não me venha com explicações, que vi tudo, seu safado. Cretino. Desqualificado. Vi tudinho! Ai, meu Deus…
_Ô, morzinho…
_Deixei vocês sozinhos por cinco minutos, Cezinha. E quando eu volto, o que encontro? Os dois. Na maior safadeza. Você, nem digo nada, que não vale o que come. Mas… a Tininha…
_Ela não teve culpa.
_Uma falsa, isso sim! Traíra. Sem-vergonha, igualzinha a você.
_Eu que insisti. De começo, ela nem queria. Foi só depois que eu…
_Fale nada, Cezinha! Fale nada, viu? – e acrescentou _ Você tinha prometido…
_Eu sei, bizunguinha. Foi vacilo, mesmo. Mas a carne é fraca. E aconteceu. Já foi. É hora de tocar pra frente. Perdoe, vai?
_Difícil, Cezinha. Não sei se consigo apagar a imagem de vocês dois. Juntinhos. Na minha casa. Na minha mesa. Quando lembro das bocas, então… Era pra ser um almoço feliz, Cezinha. Mas vocês estragaram tudo – tentou parar, mas não deu conta _ Achei que estivesse satisfeito…
_Quer saber? Pra mim, chega. Que comigo é assim: deu sopa, eu cato, mesmo. Sem dó. Sou homem, ué, queria que deixasse esfriar? Estava ali. Abandonada. Toda amontoada num cantinho. Podia ouvir ela chamando: Me coma, Cezinha! Sou sua… Me coma…
_Pare, Cezinha – implorou ela
_E eu gostei! Ou melhor, gostar é pouco. Eu adorei! E não fui só eu, não. É. A sua amiguinha, também: comeu que se lambeu!
Tentou sair. Correr. Passar por ele e nunca mais voltar. Mas foi retida gravemente entre seus braços.
_Não vai acontecer de novo. Eu juro! Confie em mim – e cruzando os dedos, como se fosse escoteiro _ Quero que a minha mãe caia dura e seca, aqui, agora, se o que eu falo não for verdade…
Titubeou, mas cedeu. No final, ela sempre cedia _Vou confiar, hein? Mas só mais essa vez…
Enfim. Calmaria no horizonte. E ele não viu mal algum em comentar.
_Conte só uma coisa, filhinha: não acha um pouco demais esse forrobodó todo por conta de uma lambiscadinha à toa?
Ela arremeu de volta.
_Lambiscadinha, vírgula! Você sabe muito bem que eu sempre guardo o melhor de tudo pro final. Tem fome? Pois que pegue na panela. Não tinham o direito de traçar minha última colherada. Quantas vezes terei que repetir que odeio que comam do meu prato…
_Não perdeu grandes coisas.
_Como? Era carne com ovo, Cezinha! E eu A-DO-RO carne com ovo. Se fosse um frango com quiabo, até ia. Fazer o quê, né? Já comeu, mesmo. Mas, carne com ovo? – e tremeu o beicinho antes de perguntar _ E a gema?
_Molinha…
_Nãoooooooo!
Rindo que só…
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Que bom! 🙂 🙂 🙂
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Nada como uma boa comidinha
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Nem me fale, meu amigo… Nem me fale… 🙂
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A propósito, adorei seu Poeminha Diet, tentei comentar mas não consegui…Enfim, bom D+…Vou fazer uma “boquinha” depois tento novamente…:)
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Como assim não conseguiu? Nanananã. Faço questão do seu comentário lá. Não tenho nada nas configurações que impeçam comentários, combinado? E por falar em fome, lá vou eu
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oi somos alunas da escola Adelina Régis estamos lendo seus textos e este especialmente adoramos e rimos muito 🙂
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Não sei vocês, mas sempre guardo o melhor bocado pro finzinho. Quem nunca, não é mesmo?
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Este texto foi inspirado em algo , alguém ?
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Um pouco eu invento, outro tanto, aumento.
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massa esse livro impolgante bem loko kkkkkkk
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xorei miga nesses texto vms comer uma pizza hj a noite
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KKKKKKKKK
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🙂 🙂 🙂 🙂
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Adorei sua visita, viu?
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gosto da pizza ?
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🙂 🙂 🙂
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q legal ri muito kkkkkkkkk
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Que bom! Fico muito feliz quando isso acontece 🙂 🙂 🙂
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